Chamado ao despertar

O olhar que se desvia do ser criador perde-se diante de tanta ganância destrutiva. São tantos atos irresponsáveis que é possível nos perdermos em lamentações e impotência para dar sustentação a uma vida sem esperanças, digna de escapes nos dramas e fantasias emprestadas, em alucinógenos anti monotonia ou, ao contrário disto, encontrarmos o verdadeiro impulso para criar a grande revolução interior, capaz promover o despertar.
No propósito de lembrar aos 10.000 budas do mistério da cura coletiva, venho plantado meus dias, em uma atitude de ousadia maior, ser quem eu sou, uma mística declarada.
A  Escola de Mistérios Anatta Osho, em profunda conexão com Osho, devoção e rendição, reverbera  em uma graça que culmina no compartilhar da poética oceânica que, sem refinamento algum, foi guardada pela neófita hesitante e desregrada que fui.
O inevitável vem a tona, pois o mistério não é segredo mas o sagrado que escancaradamente se repete, aprofundando-se e enraizando, silenciando dúvidas e medos no êxtase da criação.
Não há nada de sofisticado em tudo isso, é o simples e verdadeiro cantarolar que revela a beleza, o natural e despretensioso Ser que ilumina o corpo e transborda em emoção de pura confiança.
Não daria nome para isso e manteria comigo mesmo se não fosse por gratidão. Daí surge o desafio de declarar a coautoria da palavra, da graça e de tantas cores.
É pela conexão que as palavras criam, dando sentido ao silêncio, que Osho ajuda a revelar o mistério, e nos chama ao mergulho mais uma vez.
Tomada pelo som primordial renasço todos os dias mais que eu mesma, há a consciência da essência - Anatta,  que cala-se quando não tem o que dizer. Repousa no ser. Dança em silencio.
rsrs...eu brincando de atriz no sarau da Casa da Essência. 

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